A história do instrumento do polígrafo
A evolução da detecção de mentira e do detector de mentiras
História do polígrafo. Como se desenvolveu o polígrafo, as etapas e os avances tecnológicos?
Mesmo se a utilização do polígrafo se veio a popularizar como a sua utilização no cinema ou em programas da televisão, o polígrafo é um instrumento com uma longa historia. O polígrafo é um instrumento utilizado principalmente na área da detecção de engano e tem como objetivo testar de forma cientifica a veracidade de depoimentos de pessoas.
Aqui uma breve introdução à história do polígrafo:
1915 WILLIAM MARSTON “Pressão Sanguínea Descontinua”

Em 1915 William Marston aplicou um método descontínuo de registrar a pressão sanguínea sistólica na detecção da mentira, realizando perguntas com intervalos e pressões diferentes. O Dr. Marston, seguindo trabalhos anteriormente realizados, publicou os resultados de seu trabalho da pressão sistólica como sintoma da mentira. Hoje em dia este canal de medição, canal cardíaco está baseado nos trabalhos do Dr. Marston, com a diferença que a medição cardíaca atualmente é contínua e não descontínua. O Dr. Marston foi o examinador, no famoso caso de Frye contra os Estados Unidos em 1923 que foi o caso que levou o polígrafo a ser rejeitado durante muitos anos em tribunais nos Estados Unidos.
1921 JOHN LARSON “Cardiógrafo y Pneumógrafo”
John Larson realmente se pode chamar o pai do polígrafo moderno. Enquanto, Larson, trabalhava no Departamento de Polícia de Berkley, montou um instrumento portátil em 1921, o qual registrava as mudanças relativas na pressão sanguínea e os padrões do pulso. John Larson realizou muitos testes do polígrafo entre 1921 e 1925. O seu instrumento na atualidade encontra-se no Instituto Smithsonian em Washington, D.C. Foi o primeiro em usar mais de um registro/canal na ao detectar a mentira.
1929 LEONARD KEELER

Keeler agregou o galvanômetro ao polígrafo em 1936. Ele desenvolveu o rolo de papel gráfico, um melhor método de perguntas e incorporou o Kimógrafo. Utilizando o novo mecanismo de impressão tinta, redesenhou o seu polígrafo. Com os novos tambores e arreios foi capaz de reduzir o tamanho e o peso do instrumento e produzir um polígrafo portátil.
1938 ASSOCIATED RESEARCH, Inc.
Em 1938, Associated Research, Inc., de Chicago, construiu o primeiro polígrafo comercial para Leonard Keeler. Foi nomeado Instrumento Poligráfico Keeler. Associated Research deixou de elaborar polígrafos, nos anos 70.
1945 JOHN REID
Em 1940 Reid ingressou ao mundo do polígrafo e em 1941 foi nomeado Chefe dos Examinadores Poligráficos do Departamento de Polícia de Chicago. Após usar a técnica de Keeler descobriu que se obtinham muitos resultados Inconclusos e a taxa de erro era inaceitável.
Reconheceu a necessidade de mudar e convenceu-se de que se aplicam os princípios fisiológicos e psicológicos na detecção de mentiras, a polígrafa seria mais precisa, pelo que começou a pesquisar e desenvolveu uma técnica com perguntas para obter reações fisiológicas ás diferentes perguntas de um teste do polígrafo.
Em 1945, J. Reid desenvolveu o primeiro monitor de movimento para a cadeira. Esta cadeira tinha guias montadas nos braços e no assento da cadeira. Qualquer movimento do indivíduo registava-se no gráfico junto com as demais reações.
1967 COMPANHIA STOELTING

Ao final da década dos 60’s, a Companhia Stoelting de Chicago, começou a produção de polígrafos para competir com Associated Research. Foram chamados instrumentos Stoelting.
1974 POLYSCRIBE COMPANHIA STOELTING
O Polyscribe foi o primeiro polígrafo eletrônico e foi introduzido no mercado em agosto de 1974.
Este instrumento de 4 canais estava previsto de amplificadores multifuncionais que permitiam o registro de pneumógrafo, cardio e galvanômetro ao mudar um switch no painel da cada canal.
1991 POLÍGRAFO DIGITAL COMPANHIA STOELTING
Depois de anos de investigação e ensaios, Stoelting lança o polígrafo digital em 1991. Este instrumento transmitia os gráficos de forma digital na tela do computador em vez de no papel. Sem embargo a função de impressão em papel continuo ainda é possível hoje em dia.